Ações decisivas de repressão e prevenção contra os crimes e infrações ambientais marcam os 23 anos da Polícia Militar Ambiental (PMA), comemorados ontem (19). Durante este tempo, a PMA foi fundamental para a conservação do meio ambiente no Estado. A PMA começou como Companhia Independente de Polícia Militar Florestal (CIPMFlo), com sede em Corumbá, instaurada em 1987, com uma guarnição de 80 policiais militares.

O policiamento e a fiscalização destinavam-se a coibir, de forma repressiva, a caça ao jacaré, no pantanal sul-mato-grossense. Desta forma, a companhia intensificou a repressão a este tipo de crime e hoje o jacaré, que quase chegou à extinção, tem uma população que alguns já consideram excessiva.

No ano 2000, o nome foi mudado de Companhia Independente de Polícia Militar Florestal para Companhia Independente de Polícia Militar Ambiental, em razão de a unidade exercer toda a fiscalização ambiental no Estado. A mudança aconteceu por força do decreto Estadual 9.773/2.000, que também trouxe como prioridade as ações preventivas de Educação Ambiental, que hoje são executadas nas escolas, empresas e exposições, da Capital e do interior.

Com instalação de um museu com animais empalhados, a PMA ministra palestras sobre fauna, tráfico de animais silvestres, pesca predatória, entre outras. Nos estabelecimentos de ensino também são apresentadas peças em teatro de fantoches. Segundo a PMA, este trabalho tem tido um grande retorno junto à população, pela sensibilização ecológica e, consequentemente, com a diminuição das infrações ambientais, que é o objetivo maior da "Guardiã do meio ambiente".

Educação ambiental

A Educação Ambiental é o que a PMA considera fiscalização do futuro, uma vez que a diminuição dos crimes ambientais passa pela mudança cultural da população. Além disso, a ação está atenta ao trabalho educacional de crianças e adolescentes que estarão no comando das ações no Estado e no País, o que deve contribuir com o pensamento da necessidade de harmonia do homem com o ambiente.

Outra ação de grande importância da PMA é o Projeto Florestinha, que trabalha com crianças e adolescentes carentes de sete a 16 anos, dando-lhes a chance de ter uma profissão e ensinando-lhes a serem cidadãos com consciência ambiental.

Este projeto começou em 23 de novembro de 1992, na Capital, com 40 crianças na Mata do Segredo - uma reserva ambiental de 180 hectares - no bairro Nova Lima. A ação foi possível através de uma parceria com o órgão de Promoção Social do Estado (Promosul). O projeto foi implantado em mais quatro municípios, em parceria com as prefeituras de Jardim, Anastácio, Aquidauana, Três Lagoas, Guia Lopes da Laguna e, este ano, em Coxim.

Em Bonito, foi fundada a "Praça do Florestinha", localizada na avenida principal daquele município em homenagem ao projeto que funciona há muitos anos no município. Na praça foi colocada uma estátua de bronze de uma criança fardada. Atualmente, o projeto é desenvolvido em parceria com prefeituras no interior, e na Capital, com a Secretaria Municipal de Assistência Social.