quarta, 24 de fevereiro de 2010
Diario de Pernambuco
O Jornal online Diário de Pernambuco publicou hoje uma matéria falando sobre as atividades que podem ser praticadas na cidade do Bonito (MS), considerada um pólo de ecoturismo no Brasil. O texto faz menção as grutas, cachoeiras e aos diversos passeios que são oferecidos na região.
Veja a matéria:
Trilhas, mergulhos, rapel e contemplação aguardam pelos visitantes ao paraíso do ecoturismo.
"Bonito ficou ainda mais linda com a sua presença", diz a placa logo na entrada da cidade, considerada a capital do ecoturismo de Mato Grosso do Sul. Distante 280km de Campo Grande, o pequeno município recebe o visitante com fartura de atrações. Rodeado por grutas e belas fazendas, Bonito permite variados tipos de passeio - desde aventuras para os mais corajosos até belas cachoeiras para aqueles que querem apenas contemplar a natureza. Nesses tours, não é difícil encontrar araras e tucanos, além das diversas espécies de peixes que se destacam nos mergulhos nas águas da região.
Não é exagero dizer que a região de Bonito oferece um cenário arrebatador. Principal fonte de renda da cidade, o turismo é bem explorado pelos locais, sempre com o cuidado de não agredir o meio ambiente. Logo na chegada à cidade, é fácil perceber a preocupação em atender bem: na avenida central, várias agências de turismo disputam a atenção do cliente. E elas são de fato obrigatórias, pois amaioria dos passeios é agendada por meio dessas empresas, que oferecem preços tabelados e distribuem vouchers na véspera do programa selecionado.
Como as opções são numerosas e o fluxo de turistas é grande (principalmente em julho, janeiro, dezembro e nos feriados), a dica é planejar os passeios com antecedência e intercalar atividades radicais com momentos contemplativos, e assim sobrar fôlego para todas as aventuras.
As grutas ao redor de Bonito são um indício da riqueza geológica da região. Uma das mais visitadas, a do Lago Azul, já foi cenário de novelas e encanta pela intensa cor azulada do lago - na verdade, uma ilusão de ótica. O percurso não é cansativo. Em poucos minutos, percorre-se uma trilha na mata e, numa descida de pouco mais de 100m, já é possível avistar o lago, descoberto nos anos 1920 por um índio terena.
Em dias ensolarados, a vista é ainda mais deslumbrante. Mas nem adianta insistir para dar um mergulho: não é permitido sequer tocar o lago. O motivo é uma espécie rara de camarão albino ecego. Descoberta no interior da gruta, ela pode se extinguir, tamanha a fragilidade do ecossistema do qual faz parte. No fundo do lago, ainda foram identificados fósseis de uma preguiça gigante e de um tigre de dente de sabre. A gruta não só chama atenção pelo azul intenso como também pelas formações geológicas no teto e no piso do lugar.
O passeio dura pouco mais de uma hora e é restrito. Os grupos são de 15 turistas no máximo. Para chegar até a Fazenda Jaraguá, é preciso percorrer 20km de estrada de chão (a partir do fim da rua principal da cidade, a Coronel Pilad Rebuá). Logo ao lado, a gruta São Miguel é uma boa pedida para aqueles que gostam de cavernas. A dica é estender o passeio e atrasar um pouco o almoço. Pode-se visitar as duas grutas pela manhã e deixar a tarde livre para fazer uma flutuação.
O que ver
Recanto Ecológico Rio da Prata
O ideal é iniciar o passeio pela manhã, e seguir depois para o Buraco das Araras. Durante a flutuação, o sol é impiedoso, e não se permite o uso de filtro solar. Por isso, o melhor é usar uma legging por baixo da roupa de mergulho. A flutuação sai por R$ 114 (adultos e crianças). O almoço (opcional), a R$ 18 por pessoa.