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quinta, 24 de setembro de 2009

Cidades lutam para recuperar tempo de ouro do turismo

Campo Grande News

Referência do turismo de Mato Grosso do Sul nos anos 80, municípios da região norte entraram em "decadência" com o assoreamento do Rio Taquari e o surgimento do fenômeno Bonito. Agora, os prefeitos apostam no ecoturismo de contemplação para voltar aos bons tempos.

Em Rio Verde do Mato Grosso, que fica a 210 quilômetros da Capital, muitas pousadas e pesqueiros fecharam as portas e estão abandonados, segundo o prefeito Wilian Brito (PPS). Até a década de 90, o carnaval no município atraia cerca de 34 mil visitantes, o dobro do público registrado neste século.

A mesma situação ocorreu em Coxim, quando na época de ouro chegava a contar com 7 mil turistas por dia na alta temporada de pesca, segundo o deputado estadual e duas vezes prefeito, Júnior Mochi (PMDB). Ele estima que houve redução de 20% no número de visitantes nos últimos anos.

"O município perdeu muito no setor turístico", confirma o presidente da Câmara Municipal de Coxim, Miron Vilela (PMDB), que já foi secretário municipal de Obras. "O assoreamento reduziu a capacidade pesqueira dos rios", justificou, sobre os tempos em que o município era símbolo da temporada de pesca do País.

Pantanal - A decadência do turismo na região coincidiu com a explosão de Bonito, com suas grutas e águas cristalinas, que ganharam fama internacional. Até o carnaval, que lotava o balneário Sete Quedas em Rio Verde, mudou de rota, passando a priorizar os municípios da região sudoeste do Estado, Bonito e Jardim.

Brito explicou que Rio Verde tem potencial para recuperar o setor turístico. O cartão postal é o ecoturismo, já que 43% dos 8.177 quilômetros quadrados do município estão dentro do Pantanal.

Ele tem esperanças de reativar os estabelecimentos fechados. Segundo o prefeito, a cachoeira de sete quedas d'água está revitalizada, mais bonita do que nunca e continua como sendo o símbolo do município.

Estrutura - Wilian Brito admitiu que houve exploração inadequada do turismo no município. Na época do carnaval de ouro, quando a cidade recebia 35 mil turistas, os visitantes sofriam todas as intempéries com a falta de infra-estrutura, como água e saneamento básico.

Com 805 leitos na rede hoteleira, a cidade dispõe de fábrica de gelo e estrutura para explorar o potencial turístico. "Estamos preparados", garantiu.

Pesca - Coxim, com 1,2 mil leitos em hotéis e pousadas, começou um trabalho para divulgar o potencial turístico, como balneários e belas cachoeiras. Além disto, a cidade mantém a vocação do turismo de pesca.

O turismo até chega a dobrar a renda de pescadores profissionais. O pescador Odil Pinto de Mattos, o Didi, 41 anos, contou que como guia de pesca e piloto de barco consegue uma renda mensal de R$ 1,8 mil, o dobro da obtida como pescador.

No entanto, os pescadores acabam indo buscar peixes nos rios Correntes e Piquiri, na divisa com Mato Grosso, onde ficam hospedados a 130 quilômetros da cidade e dos rios Coxim e Taquari.

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