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sexta, 04 de setembro de 2009

Greve supera 90% de adesão e ALL para Trem do Pantanal

Campo Grande News

A adesão à greve dos ferroviários em Mato Grosso do Sul alcançou 94% dos maquinistas e conseguiu parar o Trem do Pantanal, a viagem turística entre Campo Grande e Miranda. A ALL (América Latina Logística) confirmou a suspensão das viagens previstas para o fim de semana do feriadão de 7 de setembro.

Segundo o diretor do Sindicato dos Ferroviários de Mato Grosso do Sul e Bauru, Hudson Gonzaga Alves, a paralisação obteve a adesão de 90 dos 95 maquinistas em atividade no Estado. Somente 5 estão trabalhando, sendo que dois sinalizaram que vão aderir à greve iniciada na última segunda-feira.

A entidade confirmou que a greve teve a adesão dos cinco maquinistas do Trem do Pantanal, sendo três em Campo Grande e dois em Miranda. Também pararam 34 dos 36 maquinistas da Capital, 10 dos 12 de Miranda, 10 dos 11 de Água Clara e os 35 de Três Lagoas.

Vandalismo - Em nota, divulgada há pouco, a ALL confirmou a suspensão das viagens do Trem do Pantanal, previstas para o feriadão da Independência. "A América Latina Logística decidiu interromper neste fim de semana a circulação do trem de passageiros no Estado de MS, o Trem do Pantanal", confirmou.

Apesar de garantir que a maioria dos 1,4 mil trabalhadores não aderiram à paralisação, a empresa confirmou que a suspensão está ligada à greve. Segundo a concessionária, a medida é preventiva e foi adotada devido "às recentes ameaças e atos de vandalismo registrados na região durante o período de paralisação".

"A interrupção não está relacionada à ausência de trabalhadores, uma vez que a unidade dispõe de condutores aptos que não aderiram ao movimento", destacou, tentando minimizar o impacto da paralisação.

Segundo Alves, cerca de 200 pessoas foram prejudicadas com o cancelamento. Em dias normais, 180 pessoas embarcam em Campo Grande e em torno de 10 retornam de Miranda.

Abastecimento - A paralisação deve prejudicar o abastecimento de combustíveis em Mato Grosso do Sul, já que 45% da gasolina, diesel e álcool chega por meio da ferrovia. Segundo o Sindicato dos Ferroviários, apenas 10% dos trens estão circulando.

Além de ser em menor número, as locomotivas estão demorando mais no trecho. Hudson Gonzaga Alves afirmou que o trecho de 127 quilômetros entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo está sendo feito em 22 horas, contra o tempo normal de cinco horas e meia.

A ALL nega que tenha ocorrido redução no movimento de cargas e acusa os trabalhadores de Mato Grosso do Sul de promover atos de vandalismo. Chegou a registrar queixa na Polícia Civil de Três Lagoas. O sindicato nega qualquer irregularidade na greve, que considera pacífica.

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