sexta, 04 de setembro de 2009
Saulo Coelho Nunes - Embrapa Pantanal
A Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento, é parceira da Semana do Peixe 2009 e realizará ações promocionais em Corumbá até o dia 15 de setembro.
A Semana do Peixe é um projeto do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) para incentivar o consumo de pescado no país. A campanha tem entre seus objetivos mostrar os benefícios à saúde do consumo de peixe, além de prestar informações aos consumidores sobre o que observar na hora da compra.
Corumbá é conhecida tradicionalmente como a Capital do Pantanal, e é considerada um dos maiores centros de pesca esportiva e profissional de água doce no mundo. Peixes como o pintado, o pacu e a piranha desembarcam todos os dias no porto da cidade e têm formas de preparo típicas na região banhada pela bacia do rio Paraguai. Além disso, representam uma parcela importante do desenvolvimento econômico da região.
Programação
Em parceria com instituições e estabelecimentos da cidade, a Embrapa Pantanal promove várias ações durante a Semana do Peixe. Haverá concurso de redação e desenhos nas escolas do município, realização de palestras com pesquisadores especializados em recursos pesqueiros por meio do programa Embrapa e Escola, publicação de artigos sobre o tema, além da colaboração na produção de matérias jornalísticas.
O concurso de redação e ilustrações tem como tema a importância do peixe e será realizado nas 21 escolas municipais de Corumbá. Os primeiros colocados de cada categoria serão premiados com um kit promocional do MPA, o livro Peixes do Pantanal - publicação da Embrapa Pantanal, além de um jantar para os alunos e pais no tradicional restaurante e peixaria do Ceará.
Os artigos e palestras tratam de temas como a certificação do pescado do Pantanal, os aspectos socioeconômicos das comunidades ribeirinhas tradicionais, impactos de atividades pesqueiras nos estoques da região e aproveitamento agroindustrial do pescado.
Uma série especial de matérias jornalísticas está sendo produzida em parceria com a TV Morena, afiliada da Rede Globo no Mato Grosso do Sul. Temas relativos aos recursos pesqueiros, projetos de pesquisa da Embrapa e gastronomia do Pantanal serão abordados com a participação de pesquisadores da Unidade.
A Embrapa Pantanal distribuiu em várias instituições e estabelecimentos da cidade o material promocional produzido pelo Ministério, e divulgou o blog lançado para promover a iniciativa -www.semanadopeixe.blogspot.com
No dia 14, para marcar o encerramento das ações em Corumbá, haverá um almoço na colônia de pescadores da cidade, com presença de representante do Ministério da Pesca e da Embrapa Pantanal.
Consumo
Dados do MPA mostram que o brasileiro consome, em média, cerca de sete quilos de pescado por ano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo de pescado para cada pessoa seja de 12 Kg/ano. O consumo de frango, por exemplo, chega a 40 kg/ano.
O plano Mais Pesca e Aquicultura, do Ministério, traçou como meta chegar a 2011 com um consumo médio de 9 Kg/ano por habitante. Com uma costa marítima em torno de 8,5 mil Km, além de vários reservatórios propícios para o cultivo em cativeiro, o Brasil tem um enorme potencial para desenvolver sua produção de pescado que nos próximos quatro anos deverá aumentar em cerca de 40%.
Diante desse desafio, a Embrapa formou, em parceria com diversas instituições, um dos mais ambiciosos projetos de pesquisa em rede jamais pensados para a aquicultura brasileira. O projeto Bases Tecnológicas para o Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura no Brasil (Rede Aquabrasil) tem entre os parceiros o MPA e CNPq, e envolve dezenas de pesquisadores em todas as regiões do país.
Foi necessário reunir em torno do projeto universidades, setor produtivo, criadores e entidades governamentais com o objetivo comum de promover um salto tecnológico na aquicultura brasileira. O principal objetivo é elevar o Brasil à condição de destaque no mercado mundial de pescado nos próximos 15 a 20 anos.