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quarta, 24 de junho de 2009

Americanos presos no Pantanal faziam "colaboração informal"

Estadão

Os três americanos presos no Pantanal sob acusação de extraírem amostras do solo ilegalmente faziam parte de um sistema de "colaboração informal" mantido entre a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade do Arizona, no EUA. A instituição brasileira revelou o fato ontem. "A falta desse convênio, e o fato de os estudantes estrangeiros não terem a necessária autorização, traz impedimento para a Unesp assumir na Justiça a defesa dos envolvidos", justificou a Unesp, em nota.

Os pesquisadores Mark Andrew Tress, de 48 anos, Kellu Michael Wendt, de 26 anos, e Michael Matthew McGlue, de 31 anos, foram detidos na quarta, 17, na Lagoa Baía Vermelha. Segundo a Polícia Federal (PF), o trio e mais dois brasileiros coletavam materiais da lagoa por meio de prospecção mineral sem autorização. Aguinaldo Silva e Fabrício Aníbal Corradini pagaram fiança de R$ 1.550 cada um e ganharam liberdade no dia seguinte. Os americanos permaneciam presos nesta segunda, 22, na delegacia da PF, em Corumbá.

Doutorandos do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp (IGCE), Silva e Corradini estudam na câmpus de Rio Claro, no interior paulista. Silva também é professor na Unidade Federal do Mato Grosso do Sul. Ambos integram um projeto de pesquisa cujo foco são os ambientes de sedimentação atuais e das variações climáticas ocorridas na região nos últimos 30 anos.

A Unesp garantiu que o estudo é licenciado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e se baseia na coleta de sedimentos geológicos de lagoas para estabelecer a natureza e a idade dos seus depósitos sedimentares.

"Existe colaboração científica informal de grupo de pesquisa do IGCE da Unesp com a Universidade do Arizona na mesma área de estudos do projeto acima citado. Porém, as atividades autorizadas pelo Ibama e previstas no projeto não envolvem coleta de amostras de fauna e flora ou de minérios de valor comercial, e nada têm a ver com biopirataria ou geopirataria", ressaltou a Unesp, no comunicado.

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