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quinta, 18 de junho de 2009

Pecuaristas do Pantanal querem receber por preservação

MidiaMax News

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, leva para a Feicorte 2009 (Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne), que acontece em São Paulo, a reivindicação dos pecuaristas pantaneiros, para que o governo federal crie algum benefício para os produtores, que ocupam o Pantanal de forma sustentável há pelo menos 250 anos e atualmente com 85% da vegetação nativa preservada, segundo informações da assessoria de imprensa da entidade.

Para Maia, 'quem preserva tem de ter crédito'. Ele fará um pronunciamento com base em pesquisa da Embrapa-Pantanal e outras 5 ONGs, no estande do gado guzerá, às 10 horas da manhã, na Feicorte, sexta-feira, dia 20 de junho, último dia do evento.

A manifestação é para chamar a atenção das autoridades federais, preocupadas em só punir quem maltrata a natureza, mas que não criou até agora nenhum tipo de incentivo ou compensação para o homem pantaneiro, que exerce a atividade pecuária no Pantanal de forma econômica e ecologicamente sustentável. O representante dos pecuaristas diz que nem crédito de carbono os proprietários de terras no Pantanal recebem.

Pesquisa

Levantamento realizado por cinco ONGs (Organizações Não-Governamentais), que contou com a consultoria da Embrapa Pantanal, concluiu que 85% da vegetação nativa do Pantanal está intacta. O estudo foi iniciado no segundo semestre do ano passado e está em fase de finalização.

As ONGs responsáveis pelo levantamento foram a WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional, Avina e Ecoa, que contataram a empresa ArcPlan para a execução do mapeamento. Seis pesquisadores da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atuaram como consultores técnicos.

A quantificação de 85% de área conservada pode até aumentar na finalização do estudo. Há um percentual de áreas alteradas no Pantanal que ainda não foi devidamente processado pelo levantamento. Essas áreas podem ter sido alteradas por ação antrópica (do homem) ou representar variações naturais e não significam, necessariamente, desmatamento. O grupo da Embrapa Pantanal forneceu dados, informações e conhecimento técnico sobre a planície pantaneira.

O levantamento comprova que a pecuária extensiva tradicional praticada no Pantanal desde 1737 contribuiu para a conservação ambiental da região, que hoje representa o ecossistema com melhor índice de conservação do país. A grande maioria dos pecuaristas tradicionais do Pantanal utiliza a vegetação nativa para alimentar o rebanho, fazendo o manejo adequado, adaptado ao ciclo de cheia e seca, que garante a sustentabilidade da atividade a longo prazo.

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