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quarta, 10 de junho de 2009

Em Bonito, cientistas estudam a origem da vida

Guia de Turismo

Entre os dias 6 e 8, geólogos da København Universitet (Universidade de Copanhague, Dinamarca) e Universidade de São Paulo (USP) estiveram em Bonito (MS), com o objetivo de estudar a respeito do clima e os níveis de oxigênio da atmosfera no início da Período Cambriano (aproximadamente há 500 Milhões de anos).

A importância desse estudo é compreender melhor o cenário do início da vida na Terra, o que deve contribuir para encontrar as respostas da origem da vida em nosso planeta, ao menos da vida como a entendemos nos dias de hoje.

A região não é uma escolha aleatória, pois há registros de fósseis de organismos dos mais antigos do mundo, como o Corumbella werneri (fóssil do mais antigo organismo multicelular), encontrado em Corumbá (MS), para onde seguem os pesquisadores.

Vale ressaltar que os cientistas visitaram a jazida de fosfato em Bonito (MS), descoberta pelo Dr. Paulo César Boggiani em 1990, que pode ser explorada para abastecer a indústria e fertilizantes, sendo um minério escasso no Brasil.

Constantemente Mato Grosso do Sul recebe cientistas, o que demonstra claramente a viabilidade da criação do Geoparque, com a homologação da Organização das Nações Unidas Para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), numa área que abrange a região de Bonito (MS) com os municípios adjacentes até Corumbá (MS).

A proposta do incremento do geoturismo não desenvolve apenas a educação, ciência e cultura, como se já não fosse justificativa, mas uma importante ferramenta para o turismo, com experiências concretas em todo mundo em distribuição de renda pela participação das comunidades locais.

O que precisa para desenvolver o geoturismo, que já demonstra uma realidade em Mato Grosso do Sul, assim como o título de "Geoparque" pela UNESCO, é algo além do esperar que aconteça sozinho, pois não acontece sozinho. Será necessário o envolvimento da sociedade e dos governos municipais e estadual.

"Conheço muitos possíveis roteiros de geoturismo em Mato Grosso do Sul, que vão muito além da geologia, mas entram, na história, cultura, arqueologia, paleontologia, biologia, e por aí vai... uma riqueza diante de nós...", diz Marcelo Gil da Silva, guia de turismo.

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