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terça, 02 de junho de 2009

Estudo aponta que 40% do Pantanal foi devastado

Campo Grande News

Um estudo realizado por cinco entidades ambientais mostra que 40% da BAP (Bacia do Alto Paraguai), que abrange Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, já foi devastada.

Conforme o mapeamento, divulgado pela revista Época, de uma área de 368.287 km², 40,03% correspondem ao total já devastado e 59,7% correspondem ao total em estado natural.

A devastação é maior na área do planalto, com 58% das matas comprometidas. Nos últimos seis anos, foram abertos 12 mil km² de novos pastos. Na área de planície, 85% da vegetação permanece intacta.
O estudo foi realizado pela WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional, Avina e Ecoa.

De acordo com Alessandro Menezes, da Ecoa, o estudo, que traz informações de 2002 e 2008, alerta para a preservação do planalto. Ele reforça que é comum que a noção de Pantanal fique restrita somente à planície, localizada nos municípios como Aquidauana, Porto Murtinho e Corumbá.

Já a área do planalto se estende de Pedro Gomes a Bela Vista. "Em geral, as pessoas não fazem essa correlação". No planalto, que concentra mais de 30% do total devastado, estão localizadas nascentes de rios que alimentam os ciclos de cheia no Pantanal.

O engenheiro ambiental Michael Becker, do WWF-Brasil, salienta que o estudo faz um comparativo entre a área de vegetação natural e a área substituída, sem diferenciar desmatamentos autorizados por lei ou irregulares.

Ele enfatiza que na planície, a pecuária tradicional - que aproveita as áreas planas e o capim nativo para o manejo do gado - tem baixo impacto. "Com desmatamento de 1,4% entre 2002 e 2008". Na planície, a ong desenvolve projeto de pecuária orgânica. Já na área de planalto, a supressão da vegetação é para expansão de pastagens e agricultura.

De acordo com Sandro Menezes Silva, da Conservação Internacional, o estudo será divulgado para a Semana do Meio Ambiente. "A estratégia foi divulgar primeiro em um veículo de circulação nacional". Segundo ele, o objetivo é fazer monitoramento periódico da cobertura vegetal no Pantanal.

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