domingo, 31 de maio de 2009
MidiaMax News
Uma mancha de cor preta no meio do Pantanal. As fotografias registradas do helicóptero do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) traduzem o tamanho do problema ambiental. Foram pelo menos 40 mil hectares destruídos.
"Um crime fruto de irresponsabilidade que deixou a conta de US$ 40 mil (cerca de R$ 80 mil) para os contribuintes", diz o chefe do escritório regional do Ibama de Corumbá, Gilberto Costa. O valor é apenas dos dias de voo do helicóptero do Ibama utilizado nos 8 dias de trabalho de combate ao incêndio e ontem, último dia de vistoria.
Sobre a autoria do crime ambiental, o chefe do Ibama diz que agora, "todos tiram o time de campo". Em reunião das autoridades com proprietários rurais foi cogitado que a culpa das queimadas seria dos meleiros (homens e mulheres que coletam mel das colméias e ateiam fogo para espantar as abelhas no Pantanal).
Multa
Hoje, o valor da multa é de R$ 1 mil até R$ 1,5 mil por hectare o valor cobrado em caso de incêndio criminoso. Como são pelo menos 40 mil hectares destruídos seriam ao todo R$ 60 milhões só em multas.
Porém, as autoridades como Ministério Público, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental e Prefeitura de Corumbá junto com o Ibama pretendem formar brigadas e fazer um trabalho de prevenção antes da chegada do ápice da estiagem que é no mês de agosto.
Controlado
Após o último sobrevôo na região pantaneira, a constatação da equipe do Ibama, Corpo de Bombeiros e PMA (Polícia Militar Ambiental) é de que o problema foi controlado. O que pôde ser visto do alto, segundo Costa, foi o resquício da destruição. Vegetação carbonizado, sem fogo e alguns pontos com fumaça, que não representam risco.
Foram 8 dias de combate ao incêndio dentro do Pantanal com o derramamento dos 500 litros de água feito pelo helicóptero e o abafamento e os trabalhos para conter o fogo na terra. O principal apoio logístico veio do governo federal com o helicóptero.
No começo da semana que passou a chuva fraca auxiliou na finalização do combate ao fogo.
Anteontem, foi uma hora de chuva forte pela manhã.
Foram 25 pessoas que trabalharam para barrar o prejuízo na cidade, onde uma brigada está em formação. Inclusive, foi aberta inscrição hoje e vai até o dia 5 de junho para a capacitação de 14 pessoas que vão atuar dentro do Pantanal por seis meses, período da estiagem cujo mês de risco é agosto.
O helicóptero agora deverá atender o município de Miranda.
Brigada
Para conter os focos (locais de temperatura elevada) de incêndio e as queimadas nas regiões de risco dentro do Pantanal como Corumbá, Porto Murtinho e Aquidauana o Ibama deverá a partir de julho contratar três brigadas, uma para cada município. Elas vão trabalhar por seis meses no combate e prevenção ao fogo criminoso. O valor do investimento é de R$ 500 mil, segundo o superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Davi Lourenço.
As inscrições já começaram a ser feitas em Corumbá e vão até o dia 5 de junho.
As respectivas prefeituras vão dar o aporte como combustível, por exemplo. Os grupos vão trabalhar em parceria com o Corpo de Bombeiros.
Mato Grosso do Sul não registrou grandes focos de incêndios num período de quatro anos. Este ano o número triplicou".
A Prefeitura de Corumbá já teria anunciado a intenção de constituir uma brigada permanente na região. São 14 pessoas que trabalham em cada brigada.