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sexta, 29 de maio de 2009

Menino que morreu de dengue acampou em Bonito

MidiaMax News

Com o fígado debilitado e sintomas de hepatite, o menino Eduardo Costa Bussons da Silva, 7, foi internado no dia 8 de maio no CTI (Centro de Terapia Intensiva), do HU (Hospital Universitário). O pulmão da criança também acabou comprometido, ele recebeu ajuda de aparelhos respiradores e passou por baterias de exames de sangue que trouxeram à tona uma doença diretamente ligada à prevenção, a dengue clássica. À 1h35, ontem, a família recebeu a notícia da morte da criança.

Abalados os pais preferem não falar sobre o assunto.

O hospital informou que foi pedida a necropsia para esclarecer a causa da morte, mas a família aceitou o diagnóstico médico e preferiu que os exames no corpo não fossem feitos.

A criança foi sepultada ontem às 10 horas no cemitério Santo Amaro.

Bonito

Há 45 dias da morte, a criança participou de acampamento na cidade de Bonito, a 245 quilômetros da Capital, segundo a diretora de Vigilância de Saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Ana Lúcia Lírio. De acordo com a médica, a região de Bonito tem o mosquito transmissor da febre amarela silvestre. Essa doença se confunde com dengue nos exames, mas um material já foi encaminhado para o Instituto Evandro Chagas, no Pará (PA), referência em febre amarela.

"O exame poderá descartar ou não se foi febre amarela ou dengue", explica. Como a família não autorizou a necropsia, a resposta do centro de referência poderá esclarecer parte do problema de saúde público.

Ela admite que hoje a dengue é um problema que se antecipou em Campo Grande este ano e necessita urgentemente de atenção.

A peregrinação da criança por posto de saúde e hospitais reflete problema no diagnóstico.

Conforme a especialista, o menininho passou por atendimento em posto de saúde e de lá foi levado para o Hospital Regional com sintomas de hepatite. Eduardo não apresentou características de dengue e sim, de hepatite, segundo a médica.

"Ele não tinha febre, nem dores no corpo. Tinha urina escura e fezes branca. Ele estava com a pele amarela, sintomas de hepatite", detalha.

No Hospital Regional, os médicos perceberam alteração no fígado da criança, que estava inchado. O primeiro sinal da dengue, pois o vírus se aloja neste órgão vital.

A criança foi levada às pressas para o HU, onde foi internada no CTI pela insuficiência hepática apresentada, ou seja, o fígado já não funcionava como deveria.

"Foi uma surpresa quando foi feita a sorologia para hepatite A, B e C e a resposta foi negativa e a sorologia para dengue foi positiva".

Medidas

Uma equipe do CCZ (Centro de Controle de Zoonozes) fez a borrifação nas ruas do bairro onde o menino morava para combater as larvas do mosquito Aedes Aegypti transmissor da dengue. O Bairro Tijuca não apresenta número altos da doença, mas a região vizinha, do Conjunto União tem registrado o problema.

Ana Lúcia Lírio faz uma alerta para a população. Somente em maio foram 40 casos confirmados da doença em Campo Grande e o número total até hoje é maior que de todo o ano passado, diz a diretora. As estatísticas serão divulgadas. Por ora a informação é de que há dois casos de dengue tipo 2 já acomete duas pessoas na Capital que está imunizada pela doença tipo3.

"É importante que a população limpe o quintal e não deixe água parada nem em água suja, pois já encontramos larvas em água suja também".

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