quarta, 29 de abril de 2009
MidiaMax News
Em cerimônia de troca de administração no CMO (Comando Militar do Oeste), o ministro da Defesa Nelson Jobim concedeu entrevista à imprensa. Ele focou principalmente o novo Plano Nacional de Defesa das Fronteiras apresentado por ele ao presidente Lula. O Pantanal é considerado ponto estratégico para as forças armadas brasileiras.
São três os principais tópicos presentes no novo plano: organização das forças armadas; aumentar o número de indústrias de defesa (ou seja, de fabricação de armas equipamentos de proteção e ataque); e mudanças no serviço militar obrigatório. Mas,o ministro não entrou em detalhes. "Está em estudo pelo presidente ainda. Dentro de mais ou menos dez dias devemos discutir a implantação".
Mas, Jobim afirmou que Amazônia e Pantanal são pontos estratégicos para a defesa da Nação. "São cerca de 15 mil quilômetros de fronteira entre os dois locais. Estes pontos são estratégicos. O maior problema seria o deslocamento ruim. Criar postos avançados nestas localidades possibilitaria um deslocamento de tropas para missões mais rápido", enfatiza.
Com relação à ampliação do efetivo das Forças Armadas, Jobim, apesar de reconhecer a necessidade, afirma que não há qualquer decisão neste sentido.
Recursos
Indagado sobre os recursos que estariam disponíveis para os investimentos previstos na proposta entregue ao presidente, principalmente após a crise econômica mundial - que diminuiu verbas em diversos setores -, o ministro novamente não falou em números.
"No caso do Exército, não atinge em termos de execução. Não abandonaremos projetos, pois eles são pensado a longo prazo, mas, o que pode ocorrer seria um prolongamento destes prazos", explica.
Ele confirmou que o Brasil "irá produzir mais armas". A maioria dos equipamentos vêm dos Estados Unidos ou Europa, o fuzil 762, por exemplo, utilizado pelo Exército é de fabricação belga. As fabricações em território nacional diminuiriam os custos do governo federal.