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quinta, 26 de agosto de 2010

Um papel a ser assumido

Voltei de Pernambuco, e como em todas as viagens, não podia deixar de analisar cada destino que fui com olhos de turismólogo, o que pode ser bom, mas um pouco crítico demais.

Amei Recife, principalmente por seu povo, sua cultura, música e história, todos ingredientes muito especiais para um destino turístico. Porém, Recife definitivamente tem muito que melhorar. Quanto a infra-estrutura de transportes públicos, segurança, sinalização, limpeza e preservação, além da capacitação de pessoal.

Fui também a Porto de Galinhas, e tive uma impressão muito positiva. Tinha estado lá há 3 anos e senti uma sensível melhora, creio que pelos investimentos da iniciativa privada, com belos estabelecimentos como hotéis e restaurantes, senti uma organização muito boa das associações dos profissionais das áreas afins e achei positiva a preservação das belezas locais. Além disso, necessário se faz admitir avanços do poder público local, no asfaltamento de ruas, reforma de praças e rigidez nas leis de ocupação do solo. No entanto, o poder público lá funciona aquém do que deveria, pois recursos tem de sobra, o município de Ypojuca (de onde Porto de Galinhas é distrito) é o terceiro, pasmem, terceiro em arrecadação no Estado de Pernambuco. A cidade poderia estar muito melhor.

Mas tenho de explicar o por que de tamanha volta para chegar onde quero.

Um prefeito, um governador, o poder público, principalmente local, tem grande responsabilidade pelo progresso do turismo em uma localidade. Hoje vemos por todo o Brasil que quase tudo que foi feito até hoje foi a custa de muito sacrifício dos empresários e trabalhadores do turismo e da ajuda divina das nossas atrações naturais e culturais que são genuinamente ricas.

Está na hora dos mandatários do poder darem a devida atenção ao turismo, é preciso uma atuação profissional. Não precisa muita coisa, basta fazer o feijão com arroz bem feito, cuidar das necessidades da população, infra-estrutura das cidades, limpeza e segurança. E vejo que em uma cidade como Bonito o trabalho pode ser ainda mais fácil, pois terá apoio certo das associações e do empresariado, todos evidentemente estão ávidos por isso.

O próximo prefeito de Bonito pode ter certeza de uma coisa, se ele nunca pensou nisso antes, deve saber que, se for competente, um bom prefeito, seu trabalho vai ecoar longe, a projeção que um bom prefeito em Bonito pode ter é inimaginável; é só ter objetivos claros e vontade de realizá-los.

Bonito sofre dos mesmos problemas que grande parte dos municípios que tem sua economia com base no turismo, e grande parte destes problemas passam pela responsabilidade do prefeito, portanto, é uma tarefa que precisa ser assumida.

Não gosto de ser partidário, mas o que é bom tem de ser ressaltado. Em minha cidade, Campo Grande, o prefeito atual mostrou em sua administração como ser profissional no trato da coisa pública. A cidade esta muito bonita, limpa, com ruas asfaltadas, novas avenidas, praças bem cuidadas e tudo mais. Um norte de como deve ser feito, e um exemplo de que é possível chegar lá.

Cito esse exemplo com orgulho, pois Campo Grande hoje é uma das cidades mais belas do Brasil. Um modelo revolucionário de gestão municipal para o Brasil, talvez um novo caminho a ser seguido.

COLUNISTA

Arlindo Namour Filho

namourfilho@portalbonito.com.br

Arlindo Namour Filho, 28 anos, residente em Campo Grande - MS. Formação superior em Direito e Turismo, fotógrafo profissional e repórter e articulista de turismo desde 1999, escreveu nos jornais O Palanque e A Crítica, e escreve atualmente na revista O Palanque VIP e no portal Campo Grande News.

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