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quinta, 14 de agosto de 2008

Pantanal ganha museu para preservar 8 mil anos de história

Mídiamax News

Foi inaugurado no final da tarde da última terça-feira (12) o MUHPAN (Museu de História do Pantanal) instalado no Prédio histórico Wanderley & Baís, localizado no Porto Geral de Corumbá. O museu retrata a identidade do Pantanal de forma lúdica, didática e interativa, com recursos cenográficos. O espaço já está aberto ao público que poderá conferir fósseis, fragmentos arqueológicos, bem como obras interativas que abordam temas como a Guerra do Paraguai, incursões jesuíticas, ocupação indígena, e atividades econômicas desta região.

O MUHPAN foi concebido e idealizado pela Fundação Barbosa Rodrigues e teve patrocínio do Ministério da Cultura através de recursos diretos do Programa Monumenta que recuperaram a edificação. Além disso, houve captação através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura que conseguiu sensibilizar as empresas a Votorantim e a Petrobras para investir na museografia e na museologia.

No local estão expostos objetos que contam a história da região do Pantanal, da pré-história - com peças arqueológicas -, passando pela conquista espanhola, a dominação portuguesa com os bandeirantes, a chegada das monções, etnias como os payaguás e guaicurus, a chegada da estrada de ferro, a Guerra do Paraguai e a re-ocupação do território.

O acervo é formado por peças originais e réplicas e até obras feitas especialmente para o museu, que recebeu doações da UFMS, Museu do Índio e Museu da História Nacional (os dois do Rio de Janeiro), Museu de Arqueologia da USP, Instituto da Rede Ferrroviária Federal, e o Museu das Culturas Dom Bosco.

De acordo com o presidente do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) Luiz Fernando de Almeida a inauguração do MUHPAN permitirá que se conheça a História do Pantanal. "o museu conta a história da relação do homem com o Meio Ambiente, como ela se procedeu desde oito mil anos atrás até hoje, ocupação que o homem teve dentro desta natureza tão exuberante". Ele reforçou a importância do espaço para a memória e cultura da região, "falamos na preservação do patrimônio, mas para que isso aconteça é preciso que o conheçamos, apostamos que o museu seja um grande instrumento para o povo corumbaense", diz. Para o presidente a parte mais rica do museu é o acervo referente à Guerra do Paraguai.

A presidente da Fundação Barbosa Rodrigues Márcia Barros Rodrigues lembrou de todo o apoio que teve desde o início para concretizar o "foi um trabalho árduo, de restauração e de montagem do museu, foram dois anos e hoje ele está aberto à população, mostrando toda a nossa história, o valor que o resgate da auto-estima do nosso povo e Estado",ressaltou. Márcia explicou que o MUHPAN continuará a ser enriquecido pois se tornará um centro de pesquisa vivo com outras informações a serem agregadas, além disso haverá a interlocução e integração com a comunidade estudantil, "a cultura precisa ser trabalhada dia a dia".

Ela informou que para captar o acervo a principio foi feita uma mobilização junto à comunidade que contribuiu com muitas peças que hoje podem ser vistas no espaço, e ainda agora as pessoas continuam doando os artefatos.

O senador Delcidio do Amaral (PT) que viabilizou junto a Petrobras o montante de R$ 2 milhões e 125 mil , equivalente a 50% da obra, além de fazer articulações junto ao Ministério da Cultura para que os recursos de patrocínio fossem liberados via Lei Rouanet, mecanismo do Governo Federal para incentivo a cultura participou da inauguração.

Ele afirmou que no início muita gente duvidava que o projeto do museu caminhasse e hoje é uma realidade, "um museu de alta tecnologia, que resgata a nossa história desde de as etnias indígenas, que viviam inicialmente aqui, passando pelo período de dominação espanhola, portuguesa, missões, recuperamos muitas pecas importantes enriquecida com a própria Guerra do Paraguai.", enfatizou ressaltando que a iniciativa é fundamental, e agora a sociedade corumbaense, ladarense, usufrua do local.

O parlamentar destacou a importante participação das duas empresas patrocinadoras e especialmente da Fundação Barbosa Rodrigues que não mediu esforços, para que o sonho fosse concretizado.

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