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terça, 19 de julho de 2005

À mesa, um show de cores e sabores

O Estado de S. Paulo

Caderno Viagem e Aventura
Bonito - Nas entranhas do Brasil

À mesa, um show de cores e sabores

Combinações regionais ganham toques refinados, como o pintado ao molho de urucum. Mas cuidado com a pimenta!

Pintado ao molho de urucum, jacaré, galinha caipira, peixes com molho gratinado, sorvete de guavira, suco de cabeçudo... As opções são as mais variadas, assim como os restaurantes. Opções não faltam. Bonito tem desde a imperdível culinária regional até a japonesa.

Um lugar longe do burburinho, que serve a mais regional das culinárias e ainda convida o visitante a entrar na intimidade dos habitantes da cidade, é o Cantinho do Peixe (67-255-3381 - abre diariamente, das 11 às 14 horas e das 18 às 22 horas; no domingo fecha para jantar). É daqueles restaurantes simples que servem uns pratos divinos.

O cardápio diz que jacaré e peixes são as especialidades da casa. Vá direto ao assunto. Peça um prato de filé de pintado com urucum (R$ 20 meia porção; R$ 35 para uma pessoa muito bem servido). Prepara-se o pintado de diversas maneiras: ensopado, grelhado e em porções também estão na lista. Mas tenha muito cuidado com a pimenta. "É bem forte, tá?", avisa o simpático garçom Alexandre Carvalho.

Outro endereço que merece uma visita é o Taboa Bar (67-255-1862; www.taboa.com.br - aberto a partir das 17 horas; na alta temporada, abre a partir das 10h30). Dificilmente há um turista que vá a Bonito sem pisar ali. São dez anos de tradição. Uma das marcas do local é a cachacinha artesanal, que leva guaraná em pó, canela e mel. O destilado tem a mão da dona, a fabricante do produto.

No balcão, em alguma mesa ou na varanda, peça a cachaça pura com mel, canela, cereja, abacaxi, goiaba, guavira, ameixa ou pêssego. A dose custa R$ 3,50. E note que no Taboa a caipirinha atende por caipitaboa (R$ 7,50). "É mais leve", garante a proprietária, Andréa Braga Fontoura. Para acompanhar, há porções (de R$ 1 a R$ 20), pratos rápidos e caldos, além de saborosas sobremesas. Quem quiser, pode levar para casa uma garrafa do tal produto artesanal.

Os baladeiros e pés-de-valsa têm um espaço reservado: um palco onde tocam bandas ao vivo. Quando não há apresentações, o lugar se transforma numa pequena pista de dança. As paredes, que mudam de cor a cada temporada, estão tomadas por assinaturas de quem já passou por lá. Na caixa de som, muita MPB, reggae e forró.

Aos que já conhecem o local, aí vai uma novidade: acabaram de inaugurar uma lojinha de artesanato. Os produtos, alguns feitos com material reciclado, são de primeiríssima qualidade e de muito bom gosto.

Há bandejas de madeira com detalhes em osso, kit com garrafa e copinho de cachaça (R$ 22), telas de pintura (R$ 1200), mesa com trabalhod e marchetaria (R$ 400), porta-guardanapo (R$ 4,50), quadro com garrafa da Taboa (R$ 40), agenda com capa de papel reciclado e até um quebra-cabeça para montar na vertical ou na horizontal, entre muitos outros produtos.

Figueira e Tapera

A cerca de cinco quilômetros do centro de Bonito fica o Restaurante da Figueira, no balneário Praia da Figueira (ingresso a R$ 20 por pessoa). Lá também é servido o pintado ao molho de urucum com uma camada de queijo. Custa R$ 20 a meia porção, que serve bem a uma pessoa.

Prestigiar um lugar tradicional deve fazer parte da programação. Então, vá ao restaurante Tapera (67-255-1757 -aberto das 11 às 15 horas e das 18h30 à meia-noite), um dos mais antigos da cidade, e prove o peixe à moda da casa. Um prato serve duas pessoas e, detalhe, é preparado pelos donos. O mais caro é o jacaré, que custa R$ 35. "Bonito é uma cidade para viajar com a família", costuma dizer o dono, Antonio Carlos Egles.

A novidade da temporada é a costela nabileque, uma costela desossada que era muito comum no Pantanal. "Estou resgatando essa receita", empolga-se Egles. Outra sugestão é o suco de cabeçudo - um tipo de coquinho da região. Trata-se de uma fruta nativa que se produz em qualquer época. "Com essa fruta vou derrubar a Coca-Cola, brinca ele.

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