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domingo, 09 de dezembro de 2018

Cassino no Pantanal: jogando em desvantagem?

A possibilidade de utilizar os cassinos e os jogos de azar como motor do desenvolvimento econômico do sertão brasileiro é, na volta, mencionada por diversas setores da sociedade e em diversas regiões.

 A ideia de criar uma “Las Vegas do Cerrado” vem sendo alimentada por políticos e empresários no Tocantins. Já quanto ao Pantanal, por vezes surgem também ideias sugerindo que um estatuto especial para a região poderia ver nascer cassinos de grande qualidade por aqui. Essa foi, afinal, a estratégia de desenvolvimento da própria Las Vegas, situada em meio a um deserto.

Todavia, o cenário atual é de liberação dos jogos de cassino em todo o Brasil, e aí o Pantanal perderia essa vantagem de ter estatuto próprio. Pior: poderia sair prejudicado na concorrência com S. Paulo.

A questão da liberação

Atualmente, e como todo o mundo sabe, não é possível jogar legalmente em um cassino no Brasil. Os jogadores que não queiram ter problemas com as autoridades (o encerramento de casas ilegais) devem voar até Las Vegas ou Punta del Este ou, em alternativa, fazer uma busca no CassinosBrazil ou outros sites semelhantes e encontrar plataformas de cassinos online.

Estando em debate a possibilidade de os jogos serem liberados, revertendo a histórica proibição de 1946, um dos grandes argumentos é o estímulo do turismo. O Brasil passaria a ter nos cassinos um fator de atração de turistas, tal como acontece na maior parte dos países da Europa e América. Assim, a prioridade seria dada a grandes cassinos-resort, situados em infraestruturas de vocação turística com grandes meios de pessoal, alojamento, restaurantes, etc.
Os limites de população

Entretanto, as possibilidades de existir um grande cassino-resort no Pantanal têm alguns limites. O principal é colocado pelas regras que o projeto de lei em debate em Brasília está prevendo. A lei indica que estados com mais de 25 milhões de habitantes poderão ter três cassinos-resorts; entre 15 e 25 milhões, dois cassinos; e abaixo de 15 milhões, um cassino apenas.

Isso significa, mais uma vez, que o Pantanal perderia na comparação com as grandes metrópoles nacionais.

Será possível rever este sistema?

Claro que, estando o debate sobre o fim da proibição dos jogos de azar “congelado” desde o último de março (quando a Comissão de Constituição e Justiça do Senado votou contra, e sem que o projeto tenha voltado ao plenário), poderá ainda haver espaço para uma revisão mais justa desta situação.

Presidente Bolsonaro: um passo em frente?

Do que cada vez menos duvidam é que os cassinos vão mesmo voltar a nosso país. O novo presidente, Jair Bolsonaro, declarou durante a campanha, falando sobre esse assunto, que “vamos ver qual a melhor saída”, apesar de por princípio ser contra. Bolsonaro certamente saberá que muitos empresários vêm no jogo um meio legítimo de diversão e entretenimento e uma fonte de renda, e o Brasil deverá ser capaz de gerenciar eventuais malefícios, como a maioria dos países do mundo está fazendo.

Aguardemos novos desenvolvimentos, atentos aos direitos do Pantanal.

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