Nação Zumbi(Foto: Natani Ferreira)
Vinte anos do álbum “Afrociberdelia” e cinquenta anos de Chico Science, cantor e compositor líder da banda que faleceu em 1997. Para comemorar a data, a banda Nação Zumbi apresentou um repertório variado com seus grandes sucessos na Praça da Liberdade, na sexta-feira (29).
O público compareceu em massa e entoou com a banda canções como "Maracatu Atômico", "Um Sonho" e "Praieira".
Conversamos com Jorge Du Peixe, vocalista da Nação Zumbi, que contou um pouco suas expectativas para o show e trabalhos futuros, além do documentário lançado recentemente sobre a vida de Chico de Science. Confira:
Primeira vez em um Festival tão importante para a cidade de Bonito.
Jorge Du Peixe: Interessante isso. Mais uma porta que se abre pra gente. Depois de 17 anos poder estar por aqui em Bonito é um prazer pra gente. Esperamos que seja a primeira de uma sequência de vezes.
O que vai ter no repertório, músicas do último disco?
JP: Com certeza. Foi divulgado como “Afrociberdelia”, mas tem um bloco homenageando esse disco, a gente não pode deixar passar isso em branco. Fizemos um show na íntegra do disco inteiro, não é o que trouxemos aqui. É a primeira vez em Bonito, a gente trouxe um repertório mais variado, vai rolar muita coisa, “Da Lama ao Caos” até o último lançado em 2014.
O último álbum é de 2014, quando que a gente pode esperar um próximo álbum?
JP: Já começamos a colocar a mão na massa para lançar no ano que vem. Entramos agora em um sítio em São Paulo, primeiro a gente faz isso, para um pouco para os quatro sentarem e compor. Temos algumas ideias de música, muito começo ainda, mas a ideia é lançar o disco inédito ano que vem.
E em relação ao Chico Science, o documentário sobre a trajetória dele.
JP: Foi exibido no Canal Brasil, no Arte 1 também, acho que pode ser visto na íntegra no Youtube. Chama “Caranguejo Elétrico”, foi dirigido por um paulistano que mora em Recife há um bom tempo e tem entrevistas com amigos, artistas plásticos, músicos, todo mundo dando um parecer, quem teve contato direto e indireto com Chico. Ficou bem legal, às vezes é muito parado quando se trata de documentário, de entrevista, mas é legal porque tem muita história pra contar, quem se aproximou, quem teve contato com ele sempre teve uma lembrança boa. Vale a pena checar.
Vocês têm mais de 20 anos de banda. Quais foram as principais mudanças que você percebe dos anos 90 para agora?
JP: A mudança é importantíssima pra gente. A cada disco é importante a gente ver uma caminhada pra frente, a gente enxerga isso como uma evolução natural, uma evolução musical. Então a diferença entre um disco e outro é primordial pra gente. A ideia não é tentar fazer um outro “Da Lama ao Caos, um outro “Afrociberdelia”, por mais que se tentasse não conseguiria e a ideia não é essa.