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quinta, 19 de maio de 2016

Fazendeiro é multado em R$13 mi por construir drenos e desmatar nascentes do rio da Prata

Águas cristalinas do rio da Prata ficaram turvas após receberem sedimentos carreados pelos drenos.

Com informações da PMA

 Policiais Militares Ambientais, representantes do Instituto Homem Pantaneiro e do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) flagraram a construção de drenos irregulares em propriedades rurais próximas aos municípios de Bonito e Miranda.

A fiscalização foi iniciada após denúncias de degradação ambiental em áreas de várzea, que compõem as nascentes do rio da Prata, importante para o turismo da região.

Após vistoriarem quatro propriedades rurais, os policiais verificaram em uma delas, na fazenda São Francisco, a construção de 26 km lineares de drenos, perfazendo uma área de 993 hectares. Segundo a PMA, os drenos foram construídos para secagem do solo das várzeas para o plantio agrícola de soja e milho.

Ainda, foram desmatados 684 hectares da vegetação de várzea (constituída por savana herbácea e arbustiva), sendo realizada degradação para a limpeza e o plantio agrícola.

Segundo a assessoria da PMA, a degradação atingiu áreas de olhos d’água e nascentes, que são protegidas por lei como áreas de preservação permanente (APP). A retirada da vegetação causou processos erosivos e chegou até o rio da Prata, que recebeu água sedimentada escoada do local e ficou turvo.

Para Arnildo Pott, pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, a atividade realizada pode prejudicar a biodiversidade do local. "A alteração modifica também a composição da flora, entram espécies que não estavam ali e vira uma paisagem mais monótona e menos rica", finaliza.

Após a conclusão dos levantamentos, a PMA aplicou uma multa de R$ 13.000.000,00 (treze milhões) ao proprietário da fazenda, residente em São Paulo.

Além da multa, o infrator responderá por crimes ambientais e pela reparação dos danos na esfera civil e administrativa. As atividades foram suspensas e o proprietário da fazenda deverá apresentar plano de recuperação da área degradada (PRADE), junto ao órgão ambiental.

Clique aqui e confira a reportagem veiculada nesta sexta-feira (13) no jornal "Bom Dia MS" da Rede Globo.

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