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quinta, 26 de agosto de 2010

Água dura

Sabe-se que os rins de uma pessoa não são capazes de segregar o total de sais ingeridos pela água ou alimentos. Por exemplo, e a sua capacidade máxima, sem que ocorra uma desidratação, seria de 2% de sais ao litro. Acima disso muito mais líquido é eliminado como urina, ou mais simples, para cada um (1) litro ingerido com uma concentração a mais de sais igual a 1,0%, teremos que eliminar mais 0,5 litro de urina contendo o excesso de sais, não segregados.

Águas duras ou salobras são as que contem teor acentuado de certos sais, tornando-as desagradáveis ao paladar, de gosto diferente e característico, além de serem inconvenientes para a limpeza corporal, lavagem de roupas  e cozimento e só serem capazes de formar espuma depois que seus sais reagem totalmente com o sabão, obrigando o gasto maior tanto da água como do sabão. É comum observar-se os cabelos mais encrespados e grumos na pele das pessoas e nas roupas lavadas. Nas junções, juntas e emendas por onde passa a água dura e nas superfícies internas dos encanamentos e aparelhos formam-se depósitos.

Os sais causadores de dureza geralmente são os: bicarbonatos, sulfatos, cloretos e nitratos de cálcio e magnésio. Tolera-se para água de bebida uma concentração de 200mg/l, ou seja, até 2%, considerando-se como água dura aquela que ultrapassar esse valor.

Por exclusão, água de gosto mais agradável não pode ser uma água dura, nem salgada, nem mineral, termal ou radioativa, o que não a coloca como água potável, visto que a potabilidade é dada pelo conceito de ser inofensiva à saúde e adequada aos usos domésticos.

Toda água dura apresenta pH elevado, superior a sete (7), sendo, portanto alcalina. Porém nem sempre a recíproca é verdadeira. A alcalina de uma amostra e dada pela quantidade de bicarbonatos de cálcio e magnésio, de carbonatos ou hidróxidos de sódio, potássio, cálcio e magnésio. Quanto maior a sua alcalinidade, maior será a capacidade tampão da mesma, referindo-se à capacidade da água de manter estável o seu pH à medida que se adicionam ácidos ou bases.

Algumas definições mais simples

Água potável: é a própria para consumo humano;
Água poluída: é a que apresenta alterações nas suas características físicas, químicas e bacteriológicas;
Água desinfetada: é a que por técnica apropriada foi tornada isenta de organismos patogênicos;
Água esterilizada: é a que por técnica apropriada foi tornada isenta de organismos vivos;
Água turva: é a que possui partículas em suspensão;
Água ácida: é a que possui teor acentuado de gás carbônico e ácidos, apresenta pH baixo;
Água alcalina: é a que possui certa quantidade de bicarbonatos, carbonatos ou hidróxidos e apresenta pH elevado;
Água mineral: é a água subterrânea contendo quantidade acentuada de substâncias em solução que lhe dão valor terapêutico, tais como: sais de ferro e sais neutros de magnésio, potássio e sódio;
Água termal: é a mineral que atinge a superfície com temperatura elevada;
Água radiativa: é a água mineral ou termal possuidora de radiatividade;
Água salgada: água geralmente dos oceanos e mares com elevado teor de cloreto de sódio;
Água salobra: água que possui dureza; costuma-se dar essa denominação também para as águas que contêm teor alto de cloreto de sódio (sal de cozinha);
Água sanitária: Solução aquosa a base de hipoclorito de sódio ou de cálcio 2 - 2,5% durante o prazo de validade. Solução de coloração amarelada (água sanitária ou de lavadeira).

COLUNISTA

Helcias de Pádua

helcias@portalbonito.com.br

Professor Helcias Bernardo de Pádua, Biólogo-C.F.Bio 00683-01/D; Conferencista em "Qualidade das águas"; Especialista em Biotecnologia-C.R.Bio 01; Analista Clínico - Hosp.Clínicas SP; Professor de Biologia e Ciências-L-94.718-DR 5 - MEC, desde 1975; Consultor, professor e colunista; Memorista-AGMIB/Assoc. Grupo de Mem. do Itaim Bibi/SP; Graduando em Jornalismo/FaPCom

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