* O prof. Samuel Murgel Branco/USP, dizia: "... a qualidade da água é o indicativo da qualidade ambiental".

Ontem, 04 de novembro de 2007, ouvi pela rádio Eldorado/SP, uma entrevista da Tete Espíndola, lamentando, após desenvolver o Projeto Água dos Matos, a situação dos rios Cuiabá e Paraguai, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e me lembrei de uma de suas cantorias:
 
Água: de Arrigo Barnabé/Arnaldo Antunes
 
Toda água é a mesma água
Cada água é uma água só
Cada água é uma outra água
Toda água é mesmo água e só.
 
Pois é, será que toda água matogrossence continua uma só, com aquela mesma qualidade ou já se modificou, individualisando-se com os tipos de despejos domésticos, agropecuários e mesmo industriais? Será uma outra água? Já estão recebendo despejos oriundos do trabalho com a cana ou de outra atividade? Aonde?
 
Ainda as suas águas são mesmo Irreais como na sua composição: Dos corimbas, dos dourados e dos tuiuiús. Nessas águas, nesse mundo onde tudo é um.
 
Dizia ela, a cantora, interprete e compositora: "os ribeirinhos estão carentes não só de arte, mas de muita consciência ecológica, tipo como preservar toda essa riqueza que é o habitat deles".
 
Para os rios da Serra da Bodoquena, não valeria a mesma reflexão, o mesmo trabalho, o mesmo empenho, o mesmo alerta?
 
Como estará a qualidade das águas do rio Bonito?
E a de outros pequenos e médios sistemas hídicos no próprio município de Bonito?
E do rio Formoso desaguando no Miranda, outrora limpo e atualmente não transparente?
Isso sem contar os outros,  diversos e importantes abastecedores.

Não seria ela, a composção  f/q/b da água, o motivo resultante para essa corrida desenfreada às formações e tão específicas  situações ambientais bonitenses ou serrabodoquenense?
 
Valeria um projeto com o nome: Águas Bonitenses?!?!?!

(*) "Não corro com barulhos da folha, quero ver o bicho"
(História de Mato Grosso do Sul, de Izaias Gomes)