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quinta, 26 de agosto de 2010

Corredores de Biodiversidade

CORREDORES DE BIODIVERSIDADE – UMA NOVA ESTRATÉGIA DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

Há muito tempo o homem vem alterando o meio em que vive, construindo cidades, plantando lavouras, formando pastos e extraindo recursos naturais como a madeira. A principal conseqüência disso foi a perda de habitat e a transformação de áreas de florestas ou cerrados em verdadeiras ilhas, rodeadas por áreas de ocupação humana.

Os corredores de biodiversidade são grandes extensões territoriais ocupadas por áreas naturais públicas (Parques e Reservas) e privadas (Reservas Particulares, Áreas de Preservação e Reservas Legais), sendo intercaladas por pastos, lavouras, ecoturismo e até mesmo cidades. Dentro dos corredores estas atividades devem ser desenvolvidas de forma harmônica, visando manter ou restaurar a ligação entre porções de florestas e garantir a sobrevivência do maior número de espécies e o equilíbrio dos ecossistemas. Além disso, os corredores também têm como objetivo a implementação de políticas públicas municipais que estimulem o desenvolvimento econômico de forma mais compatível com a conservação da natureza.

O CORREDOR DE BIODIVERSIDADE MIRANDA – SERRA DA BODOQUENA

A FUNDAÇÃO NEOTRÓPICA DO BRASIL em parceria com a CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL está implantando o Corredor de Biodiversidade Miranda – Serra da Bodoquena, formado pelos municípios de Bodoquena, Bonito, Jardim, Miranda, Nioaque e Porto Murtinho, no Estado do Mato Grosso do Sul.



O Corredor Miranda – Serra da Bodoquena abriga uma grande riqueza biológica em suas áreas naturais de Cerrado, remanescentes florestais e ainda numa porção do Pantanal Sul-Mato-Grossense.

Por ser o maior remanescente florestal do estado do Mato Grosso do Sul e ocupar uma posição estratégica dentro do Corredor, o Parque Nacional da Serra da Bodoquena foi classificado como uma das áreas núcleo deste Corredor. Muito próximo ao Parque está localizada outra área núcleo, a Reserva Indígena Kadiwéu, a maior área indígena do centro-sul brasileiro e considerada importante por abrigar um grande patrimônio ambiental e cultural em sua extensa área de Cerrado.

O PROJETO

As atividades no Corredor Miranda – Serra da Bodoquena começaram em 2004, com diversos levantamentos de fauna, flora e uso e ocupação do solo, incentivo à criação de áreas protegidas, a elaboração de um banco de dados georreferenciado, capacitação de técnicos dos municípios de Bonito e Nioaque em geoprocessamento e a elaboração de um Plano de Conservação para a região.

Em julho de 2005 teve início a nova fase do Projeto, e cujas ações são parte da implementação do Plano de Conservação do Corredor de Biodiversidade Miranda – Serra da Bodoquena. As principais ações desenvolvidas nesta fase serão as pesquisas de biodiversidade, o apoio à criação de áreas protegidas e o incentivo à implantação de instrumentos de gestão ambiental e descentralização nos municípios do Corredor.

OS MUNICÍPIOS DE BONITO, BODOQUENA, JARDIM, MIRANDA, NIOAQUE E PORTO MURTINHO FAZEM PARTE DO CORREDOR MIRANDA – SERRA DA BODOQUENA.

A implantação do Corredor de Biodiversidade Miranda – Serra da Bodoquena depende dos esforços de toda a sociedade. Só assim, através de um trabalho conjunto dos órgãos públicos, entidades privadas e sociedade civil, conseguiremos transformar o nosso município em um lugar melhor para viver.
Se você ou sua instituição tiver interesse em conhecer mais sobre o projeto, ou quiser saber como pode colaborar para a conservação da natureza em seu município, entre em contato conosco.

Fundação Neotrópica do Brasil
Rua 02 de outubro, 165 – Vila Recreio
Bonito / MS – CEP: 79290-000
Tel: (67) 255-3462
E-mail: neotropica@fundacaoneotropica.org.br

COLUNISTA

Angela Pellin

angela@portalbonito.com.br

Angela Pellin, Bióloga e Especialista em Biologia da Conservação. Já trabalhou na Secretaria de Estado de Meio Ambiente em Bonito e na Fundação Neotrópica do Brasil, com sede em Bonito. Atualmente é doutoranda do Programa de Ciências da Engenharia Ambiental da USP, onde desenvolve um projeto com as Reservas Particulares do Patrimônio Natural do Estado do Mato Grosso do Sul.

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